Oie pessoal, bem vindo a mais um contos de quinta!
Hoje o conto é a continuação de First Date, da autora Patrícia Gomes,de Belém. Então, vamos ao conto?
First Date #05
Depois de uma semana levando livradas dos professores por ficar dormindo em sala de aula e uma semana de interrogatório de meu pai sobre meu atraso no final da semana passada, aqui estava eu em frente a loja de antiguidades, mas dessa vez me garanti, disse à meu pai que iria para casa de uma amiga estudar.
Eu odiava profundamente mentir para ele, mas eu não poderia lhe dizer a verdade sem que ele mandasse-me para uma clinica psiquiátrica e eu tinha que acabar com minhas duvidas para que eu pudesse dormir, o que eu não conseguia pois estava com mil e uma perguntas em minha cabeça sobre aquele lugar irreal e graças a isso eu andava praticamente como um zumbi, dormindo em qualquer lugar e usando qualquer amigo próximo como travesseiro e neste exato momento eu me sentia mais idiota e estupida do que havia me sentido desde que havia descoberto o significado dessas duas palavras. Eu estava com mão na maçaneta da porta envidraçada da loja esquisita criando coragem para abri-la, fechei os olhos e respirei fundo e quando decidi abrir a porta, ela se abriu sozinha.
– Alem de ser estranho esse lugar é mal assombrado? - eu disse para mim mesma.
Convite feito, convite aceito, pensei cheia de duvidas, novamente diante de todos os objetos antigos à venda percebi que não sabia onde exatamente ficava a sala, pois da ultima vez que estive aqui havia uma musica para me guiar.
Depois de refletir um pouco e ver os prós e contras, decidi explorar a loja, que parecia ser inabitada, me perguntei onde estava o dono da loja e se ele estava ciente que existiam ladrões.
– Olá! - gritei e esperei que alguem respondesse do interior da loja, o que eu deveria saber que não aconteceria.
Respirei fundo e fui em direção ao fundo da loja e me deparei com um corredor que me lembrava vagamente de minha visita anterior. Nele haviam varias portas, uma ao lado da outra, todas iguais de uma maneira estranha, elas eram perfeitinhas demais, com medo, girei a maçaneta da primeira porta.
A primeira sala era toda em cor-de-rosa, em um canto dela havia uma poltrona super convidativa, havia também varias prateleiras que lotavam as paredes, todas elas repletas de bonecas de panos e de porcelana e tinha uma estante que ocupava toda uma das quatro paredes e vi vários livros como Alice no Pais das Maravilhas, O Pequeno Príncipe, A Bela Adormecida, entre outros títulos que eu amava quando era criança. Aquele seria sem duvida um paraíso para uma menininha. Tentei me fazer ir embora, o que não consegui com tanta facilidade mas enfim consegui me fazer sair da sala dos sonhos de quando era menina e quando ouvi o estalo que a fechadura fez quando a porta se fechou senti um friozinho na barriga.
A segunda sala, não vale nem apena descrever, ela somente era um monte de entulhos, pura bagunça, um deposito muito mal organizado, mas não pude deixar de notar um perfume incomum, que me fez lembrar do natal em que eu tinha quatro anos. Eu fiquei sozinha em casa, meu pai estava trabalhando e minha mãe havia falecido. Eu fiquei encarando as luzes da arvore de natal à noite inteira com vontade de chorar, esperando o Papai Noel para poder receber minha mãe de volta, o meu mais esperado presente de natal. Fechei a porta rapidamente, porque chorar não iria ajudar em nada.
Continua...
E aí, o que acharam?
Contos de quinta é um espaço para divulgação de contos, poesias, textos em geral de blogueiros e escritores, (talvez um dia eu publique um conto meu, quem sabe? rsrs), Se você quiser ver seu texto publicado aqui é só me contatar por email clicando aqui ou enviando um email direto para aspalavrasfugiram@hotmail.com
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1 Comentários:
Marta, achei seu blog em um link do LV do Skoob, e realmente gostei. O conto é ótimo, já imaginei ele como um capítulo de um livro, pois acho que essa história tem muitos fatores que podem ser extremamente aproveitados e aprofundados.
Estou seguindo, ok?
Beijos
http://conjuntodaobra.blogspot.com
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