As Palavras Fugiram: Contos de Quinta #11

Oie pessoal, bem vindo a mais um contos de quinta!
Hoje o conto é a continuação de First Date, da autora Patrícia Gomes,de Belém. Então, vamos ao conto?

First Date #03


Mal podia acreditar no que havia sentido essa noite, enquanto dançava com ela me senti tão feliz como não me sentia à séculos, senti como se o mundo começasse a me recompensar por tudo que passei, por tudo que sofri e fiquei feliz por não ter mais que espera-la, feliz por ela realmente existir, feliz por saber que seria ela a me curar, que seria ela a me fazer feliz.
Ela era muito mais bonita do que em minha imaginação, seus olhos castanhos escuros, sua pele morena clara que parecia tão macia ao meu toque, seus cabelos elegantemente presos e cachos largos caindo em suas costas, desde que eu havia visto pela fonte dançando em uma sala senti que era ela, a garota certa. Eu tinha certeza disso porque não fazia nem uma hora que ela havia deixado esse lugar e eu já estava ansioso para vê-la de novo mas naquele momento me lembrei que não deveria me entregar demais a esses sentimentos, a cigana estava errada eu não amaria novamente, alias nunca mais me deixaria apaixonar-me novamente, já bastava que meu coração estivesse destroçado. Tentei espantar o negativismo e me permiti ser feliz somente com a existência de Ângela, o nome dela era musica para meus ouvidos assim como luz era para os olhos de um cego.
A primeira vez em que ouvi o nome dela ainda me lembro como se fosse hoje, naquele dia em que eu sem pensar depois de ser rejeitado pela pessoa que mais amei em minha vida, ela havia provocado tanta dor dentro de mim que preferia que ela tivesse me matado.
Eu procurei uma cigana, eu sabia que se minha família soubesse eles fariam um escândalo mas eu não sabia mais o que fazer, apoio dos amigos não mais me ajudava e as mulheres do mundo não me atraiam, eu só pensava nela.
Quando entrei na tenda da cigana, me surpreendi pois pensava em um lugar imundo onde pessoas não tinham dentes ou com cabelos bagunçados mas pelo contrario, o lugar era bem limpo, arrumado e com muito dourado e a cigana que deveria não ter dentes era morena com os olhos cor de mel, esbelta e de cabelos castanhos ondulados e curtos, ela estava se penteando. Quando ela me viu deu um sorriso como se dissesse “Bem-Vindo!” e eu me senti mais a vontade.
– Olá, Tales! - ela me cumprimentou
– Como você sabe o meu nome?!? - eu disse surpreso por ela ter adivinhado e ela riu alto e foi se sentar à mesa balançando a cabeça ainda rindo e naquele momento eu me senti um completo idiota.
– Todo mundo sabe sobre você, Tales – ela disse sorrindo, era estranho que alguem que eu nunca havia visto, me chamasse com tamanha intimidade como se me conhecesse a vida inteira.
– Todo mundo? - perguntei confuso.
– A cidade inteira fala do noivo que foi largado no altar e de uma maneira bem peculiar devo acrescentar – ela me disse me encarando incrédula ainda sorrindo, enfim eu entendi, todos sabiam.
– Acredito que você não veio aqui para conversar sobre esse episodio passado. - ela disse me oferecendo a cadeira do lado oposto da pequena mesa para que eu pudesse sentar.
Enquanto eu me acomodava na cadeira humilde ela se levantava para pegar um pequenino baú de madeira e de dentro retirou um baralho e voltou a se sentar e começou a organizar as cartas em cima da mesa.
– Não vai querer saber o que eu quero saber? - perguntei desconfiado.
– Que outra coisa uma pessoa de coração partido gostaria de saber?- e eu não consegui revidar, sentia que de alguma forma ela era um tanto mais esperta que eu, aquilo era um pouco demais para minha vaidade.
Ela me mandou escolher algumas cartas e começou a ler minha sorte.
– Bom, não sei se você vai ficar aliviado ou aflito em saber mas... - ela exitou – existirá uma única pessoa que conseguirá curar seu coração e será um amor que durará para toda a eternidade – disse ela franzindo o senho para as cartas com um ar questionador e confuso e então virou mais uma carta e suspirou.
– Qual o problema? - perguntei ansioso, eu já havia pensado no pior, por hora bastava de acontecimentos ruins em minha vida, alguma coisa boa teria que acontecer.
– O problema é que segundo as cartas essa pessoa só nascerá depois de sua morte.
– Como?! - perguntei incrédulo e coloquei minha cabeça em minhas mãos quando percebi de imediato que a dor que sentia em meu peito jamais iria sumir.
– Desculpe, mas as cartas me dizem isso – disse ela como se desculpando-se e ficou me encarando com um olhar preocupado.
– Você não quer saber como encontra-la? - ela perguntou ainda me analisando.
– É impossível! - eu já estava alterado – como diabos posso encontrar uma pessoa se estarei morto? - perguntei a desafiando.
Você começará a ama-la antes mesmo de conhece-la e terá que sacrificar tudo que tem agora para encontra-la, mas em todo o tempo em que você pensar nela enquanto estiver a espera não será desperdiçado e nem seu sacrifício será em vão porque ela te amará mais do qualquer outra pessoa e proporcionará toda a felicidade que o mundo poderá te dar –



Continua...


E aí, o que acharam?
Contos de quinta é um espaço para divulgação de contos, poesias, textos em geral de blogueiros e escritores, (talvez um dia eu publique um conto meu, quem sabe? rsrs), Se você quiser ver seu texto publicado aqui é só me contatar por email clicando aqui ou enviando um email direto para aspalavrasfugiram@hotmail.com

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