As Palavras Fugiram: Resenha: Pra onde vão os dias que passam? - Anna Claudia Ramos


ISBN: 9788563877017
Páginas: 78
Editora: Escrita Fina
Ano: 2010
Avaliação:

Pra onde vão os dias que passam? completa sua maioridade literária neste ano. O livro foi originalmente escrito e publicado em 1992, quando a autora infantojuvenil Anna Claudia Ramos saíra da faculdade havia pouco. Dezoito anos se passaram, mas a história de Mariana, a criança sonhadora que se transforma em adulta e enfrenta todos os medos, dúvidas e inseguranças da passagem dos anos, continua atemporal e atual. O livro abre mão das aventuras recheadas de ação típicas das crianças e dos adolescentes, preferindo explorar profundamente os sentimentos mais íntimos da protagonista. Mariana percebe-se diferente dos pais e dos irmãos, mas não compreende o que significa ter suas próprias escolhas e vontades. Desde pequena, gosta de sentir o mar, o vento no rosto, brincar de ser princesa. Na sua imaginação, tudo é possível. Durante a adolescência e o início da vida adulta, a menina se dá conta de que não é mais apenas uma garota, sendo obrigada a aceitar que se tornou mulher. E todos os medos, todas as perguntas, as dúvidas? O que fazer com elas? Foram sonhos, fantasias, perdas, lembranças. É, então, que ela muda-se para uma cidade do interior, abre mão de todo conforto familiar, dos amigos e do namorado para entrar em contato consigo e com sua natureza interior. Pra onde vão os dias que passam? é uma narrativa que envolve realidade, mistérios transcendentais, simbolismos e sentimentos abstratos. Mariana vai levar os leitores por um caminho traçado por ela em busca do autoconhecimento, da aceitação pessoal e do encontro com o coração e com a intuição.

Pra onde vão os dias que passam? É um livro juvenil, mas bem filosófico no estilo de O Pequeno Príncipe.
É um livro bem fininho e rápido de ler, acabei com ele em poucas horas, afinal as primeiras páginas são depoimentos de antigas edições do livro.

O livro é narrado por Mariana, uma menina muito curiosa e peculiar. Conhecemos um pouco dela na infância e outro tanto quando ela se torna maior de idade.
Acompanhamos seu crescimento e amadurecimento através de simbolismos, tanto da natureza quanto religiosos.

A autora criou uma história muito bonita sobre auto-aceitação, e aceitação do passado – falando de temas como o amor e a morte – de maneira bem leve. É um bom livro para adolescentes, afinal foi para eles que a autora escreveu e as dúvidas de Mariana são tipicas dessa idade. Todos nós nos queremos encontrar a nós mesmos e este é um livro que fala disso de uma maneira muito bonita.

Pai e mãe compreendiam, mas não sentiam. Sentir, só ela e Princesa. Amor e dor amigos. Engraçado. Farofa nem se despediu. Melhor assim. Ela também virou mar.

Recomendo o livro para quem gosta de uma reflexão ou de um pouco de filosofia. A escrita é muito gostosa apesar de ter algumas coisas confusas.
Vale dizer também que o livro é de 1992 e esta edição ficou muito bonita, sem contar que ainda permanece atual.

2 Comentários:

Aline T. K. Miguel disse...

O título me fisgou!! Gostei muito da sinopse e desse tom filosófico que o livro passa. Pela resenha, fica a impressão de que, apesar de juvenil, o livro vai fundo, nas profundezas do ser humano através da protagonista e de suas decisões e necessidades. Gostei e leria com certeza.

Bj, Livro Lab

Raquel Araujo disse...

Que interessante esse livro. Gosto desses livros com pegada estilo O Pequeno Príncipe, que aliás, é uma grande obra! Lereia com certeza e vou até anotar ele aqui, quem sabe eu não o compre? =)

beijos

Kel

porumaboaleitura.blogspot.com

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